segunda-feira, 11 de abril de 2011

Fluxo circular da Economia

O chamado fluxo circular é o esquema gráfico que representa a organização da economia. Em sua estrutura básica são representadas as famílias, as empresas e os mercados que as relacionam, podendo ser visto a seguir:


Os “mercados de bens e serviços” representam o que as empresas vendem e as famílias compram; as “famílias” são primeiramente consumidoras, vendendo fatores de produção para terceiros; “mercados de fatores de produção” são onde as famílias vendem e as empresas compram e, por fim, as “empresas” são quem produz os bens e serviços, além de contratarem e utilizarem os fatores de produção. As setas internas representam o fluxo real, sendo este a produção e consumo de bens, e as externas o fluxo monetário, referente a moeda e ao sistema financeiro.

Percebe-se nessa representação a ausência do Governo, relacionando apenas os personagens primários do sistema econômico. O envolvimento estatal se dá não de maneira direta através da venda e consumo de bens como os demais, mas de uma maneira peculiar, demonstrada no seguinte gráfico:


Nesta situação, torna-se evidente a presença do Estado em todos os setores econômicos. Os relacionamentos entre os componentes básicos continuam sendo os mesmos, porém o governo passa a inserir-se indiretamente em todos. Ao arrecadar impostos através das relações comerciais, produções e todos os demais aspectos, ocorre o primeiro passo para sua participação. Após essa arrecadação de impostos e taxas, o repasse para a população em geral (tanto as famílias quanto as empresas) acontece quando são prestados os serviços públicos, os subsídios e outros.

Diferentemente do ciclo comum, no qual o interesse na aquisição, consumo e prestação dos serviços dá-se por uma iniciativa direta das partes, no contexto estatal ela acontece de maneira indireta, com atividades que ocasionam melhorias em diversas áreas para a sociedade como um todo, não apenas a uma única parcela da mesma. Ou seja, quando em foco o Estado nesta relação, deixa de existir a compra e venda entre as partes e passa a ser vista uma arrecadação de taxas com seu retorno sendo perceptível nos serviços realizados por ele em função não de uma única entidade, mas de todos os contribuintes, mesmo que não tenham requerido algum serviço específico em benefício próprio.

Por fim, o que se torna claro ao incluir o governo no diagrama de fluxo circular é a sua presença constante, ainda que implicitamente e não ativa, em todas as relações econômicas, podendo exercer nelas influências com a arrecadação de impostos e taxas, e através dessa mesma arrecadação exibir os resultados por meio dos serviços prestados para a população.